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ativo com maior potencial de valorização para os próximos 20 anos

O economista Fernando Ulrich é uma das figuras mais conhecidas quando o assunto é Bitcoin no Brasil. Nos primeiros anos da década passada, ele se destacou como uma das vozes pioneiras sobre a criptomoeda. Com o tempo, no entanto, sua carreira foi se diversificando. Ulrich começou a se aprofundar em finanças tradicionais, macroeconomia e política econômica como sócio da Liberta Investimentos. Aparentemente, ele havia deixado o mundo cripto em segundo plano, mas o ano de 2025 trouxe uma reviravolta.

Recentemente, Ulrich foi convidado a participar do conselho da OranjeBTC, uma empresa que se dedica exclusivamente ao investimento em Bitcoin e que estreou na B3. Durante a coletiva de imprensa no dia de abertura de capital, ficou claro que ele não é apenas um analista, mas também uma espécie de mentor filosófico do projeto, explicando a razão de sua aposta na principal criptomoeda.

Sua trajetória é interessante. Ao contrário de muitos que começam a se envolver com o Bitcoin e, a partir disso, buscam aprender sobre conceitos econômicos libertários, Ulrich teve um caminho diferente. Ele se aprofundou no estudo da escola austríaca durante seu mestrado na Espanha, entre 2009 e 2010, e começou a contribuir para o blog Ponto Base. Em 2013, um amigo o incentivou a escrever sobre o Bitcoin, e ele decidiu se abrir para o tema. Foi um ponto de virada para ele.

Em uma conversa, Ulrich compartilhou que entender como o Bitcoin funciona foi uma verdadeira revelação. Ele percebeu a segurança da rede e a genialidade da tecnologia criada pelo Satoshi Nakamoto. Em 2014, lançou o livro “Bitcoin: A Moeda na Era Digital”, que hoje é visto como uma das primeiras obras sobre o tema no Brasil.

Com o tempo, Ulrich se consolidou como uma das principais referências na análise do mercado cripto. Ele participou da primeira iniciativa da XP Investimentos na área cripto em 2017, quando a empresa lançou uma corretora dedicada a esse segmento. A partir daí, sua voz ganhou destaque em outras áreas, especialmente na Liberta Investimentos, onde continua a produzir conteúdos que atraem clientes e promovem a marca.

Recentemente, em uma entrevista, Ulrich analisou o momento atual do Bitcoin. Ele notou que o ativo tem se comportado como uma reserva de valor. Segundo ele, a transição não é abrupta, mas gradual. No passado, o Bitcoin não era visto dessa forma; agora, essa percepção está mudando.

Além disso, ele abordou o potencial de valorização do Bitcoin. Usando um modelo de projeção, ele prevê que o ativo pode chegar a US$ 2,9 milhões em 20 anos. Para ele, o Bitcoin ainda é a classe de ativos com o maior potencial, mesmo em comparação a outras opções tradicionais como imóveis ou ações.

Falando sobre a influência do dinheiro institucional no mercado cripto, Ulrich mencionou que a chegada de ETFs e o interesse crescente de grandes instituições financeiras mudaram a dinâmica do mercado. Hoje, ele observa que o envolvimento de grandes investidores é natural, dado o potencial de negócios que o setor oferece.

Ulrich também considera que a época dos ciclos explosivos de valorização pode ter passado. Ele sugere que os padrões de crescimento do Bitcoin tendem a ser mais estáveis e menos voláteis. Isso é um reflexo do seu valor de mercado, que hoje gira em torno de US$ 2,5 trilhões.

Em relação ao uso do Bitcoin, ele acredita que esse cenário já está se concretizando. Ele mesmo usa Bitcoin para pagamentos e vê esse uso crescendo conforme a moeda se valoriza e mais pessoas começam a aceitá-la.

Em suma, Ulrich continua a ser uma voz vital nesta conversa sobre o futuro do Bitcoin, mostrando como a evolução desse ativo está interligada tanto às mudanças de comportamento no mercado financeiro quanto às suas características intrínsecas como reserva de valor e meio de troca.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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